Jornal Estado de Minas

Dilma defende mais recursos para saúde e evita falar em criação de impostos

Para presidente, Congresso deve trabalhar para informar opinião pública sobre assunto

AgĂȘncia Estado
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o aprimoramento da gestão na área de saúde não irá garantir a melhoria da qualidade dos serviços. Segundo ela, é necessária também a aplicação de mais recursos no setor. A presidenta, no entanto, evitou falar sobre a criação de um novo imposto para financiar a área.
"Acho que a opinião pública tem que entender, o Congresso tem que fazê-la entender, abrir a discussão, o que não é possível é ter saúde de mais qualidade sem mais dinheiro per capita e isso é uma obrigação minha explicar, não posso fazer demagogia com a população brasileira, e por isso a discussão tem que ser aberta e todo mundo participar".

"Temos que esclarecer que não se resolve tudo com a gestão. Não resolve não, se conta nos dedos da mão os países desenvolvidos que conseguiram fazer saúde universal, gratuita e de qualidade", completou Dilma.

Questionada se ela vetaria a regulamentação da Emenda 29 caso a aprovação no Congresso inclua um novo imposto, Dilma disse que precisaria estudar a situação. “Eu teria que ver que imposto é, dependendo do que se trata. Não posso te responder teoricamente.”

Ao ouvir a sugestão de aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), a presidenta considerou que o valor não seria o suficiente. “A CSS é 0,01% e é muito pouco, somente este ano nós aumentamos em R$ 10 bilhões o gasto na saúde.”

A presidenta voltou a citar que os gastos per capita em saúde no Brasil são 42% menores do que os aplicados na Argentina. Ainda segundo a presidenta, a saúde pública investe duas vezes e meio menos do que o setor privado de saúde.