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Estado de Minas

TRF aceita denúncia contra promotores Deborah Guerner e Leonardo Bandarra


postado em 15/09/2011 16:16 / atualizado em 15/09/2011 16:18

Por seis votos a zero, os desembargadores votaram pelo recebimento da denúncia contra Deborah Guerner e Leonardo Bandarra, em sessão na tarde desta quinta-feira, do Tribunal Regional da 1ª Região (TRF-1). Apenas os advogados acompanharam a sessão, que julgou a denúncia contra os promotores. Eles são acusados de crime de violação de sigilo profissional, concussão e formação de quadrilha. Além deles, Cláudia Marques e Jorge Guerner também respondem pelas duas últimas acusações.

O desembargador Néviton Guedes, que fez o pedido de vista na última sessão, em 18 de agosto, fez uma análise sobre o que é indício. "Não vi João matar Maria, mas o vi saindo do local com a roupa suja de sangue", disse. Contra o ex-procurador-geral Bandarra, pesa depoimento de Durval Barbosa, que diz ter ouvido de Deborah sobre sua participação. "Indícios bastam como elementos para receber denúncia, a depender da qualidade deles", completou. Néviton levantou dúvidas sobre as qualidades dos depoimentos de Durval Barbosa para incluir Bandarra como réu. Delator da Operação Caixa de Pandora, Durval figura como vítima nesta denúncia.

Pouco depois, o desembargador Néviton leu o depoimento da servidora Cláudia Marques, que de testemunha, passou a figurar como colaboradora no processo. Ela teria feito a aproximação de Durval a Deborah Guerner e Leonardo Bandarra. Por conta do depoimento de Cláudia, "e só por isso", disse Néviton, que é possível ligar Bandarra ao episódio da violação de sigilo. Depois de desquelificar o depoimento de Durval e ver indícios nos de Cláudia, o desembargador acabou aceitando a denúncia contra o quarteto.

Os desembargadores Tourinho Neto, Catão Alves e Daniel Paes também votaram pelo recebimento da denúncia. Treze juízes participaram da sessão. Os outros votos são da relatora, a desembargadora Mônica Sifuentes, e do desembargador Tolentino Amaral, que já haviam votado na última sessão, em agosto.

Acusações

Deborah e Bandarra são acusados de repassar a Durval Barbosa informações sobre a Operação Megabyte, prevenindo assim o então secretário de Relações Institucionais sobre a ação da Polícia Federal em sua residência. Além disso, os promotores teriam exigido R$ 1 milhão de Durval em favor do serviço.

No dia 21 de julho, o TRF-1 recebeu denúncia contra ambos por extorsão contra o ex-governador José Roberto Arruda. Na ocasião, Cláudia Marques, Durval Barbosa e Marcelo Carvalho também foram denunciados.


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