Uma outra alegação foi de que o cerimonial do Planalto não teria tempo hábil para preparar a solenidade em um dos salões do segundo andar, onde normalmente são realizadas as posses de autoridades. No entanto, a equipe de cerimonial trabalhou com agilidade na posse do novo ministro da Defesa, Celso Amorim, no dia 8 de agosto, uma segunda-feira. A equipe teve apenas um dia útil (uma sexta-feira) para preparar a cerimônia, já que Nelson Jobim pediu demissão no dia 4, uma quinta-feira. O controle do acesso ao Palácio é tamanho que a segurança chegou a barrar o presidente da Embratur, o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB). Dino é subordinado e conterrâneo do novo ministro. Depois de se identificar, seu acesso foi liberado.
Apenas a equipe da NBR - emissora pública oficial que cobre a Presidência da República - foi autorizada a transmitir a cerimônia. Os fotógrafos também poderão fazer imagens. O ineditismo da "posse fechada" é mais uma etapa na restrição do trabalho dos jornalistas no Palácio do Planalto. Nas cerimônias abertas, a circulação dos profissionais entre os convidados foi restringida. Ontem havia 18 seguranças ao redor do cercado reservado à imprensa, na solenidade em que Dilma anunciou a ampliação do programa de creches.