"Um ponto de consenso foi a defesa do voto proporcional, seja qual for o sistema de votação, se vai ter a lista partidária, como nós defendemos, ou se outro sistema. Mas o sistema proporcional, tal como existe hoje, é consenso. Mas isso passaria a valer a partir de 2014", o presidente do PT, Rui Falcão.
Segundo Falcão, a decisão definitiva será tomada no futuro. "No relatório do deputado Fontana, os quatro partidos votarão no sistema proporcional misto, mas querem analisar, mais para frente, quando (o projeto) for para plenário, se esse é realmente o sistema de voto mais indicado", ponderou Falcão.
Segundo o presidente do PSB, Eduardo Campos, os quatro partidos concordaram na rejeição ao sistema majoritário (chamado de distritão), em que seriam eleitos os candidatos a deputado mais votados, sem o quociente eleitoral em vigor hoje. Esse modelo, que é usado atualmente nas eleições para a Presidência, governos estaduais e Senado, tem sido defendido pelo PMDB, maior aliado do PT na Câmara. As quatro legendas reunidas ontem também rejeitam a possibilidade de apoio ao sistema distrital, em que estados e cidades são divididos por distritos e cada candidato pode disputar em apenas uma área.
Rachado
O presidente do PSB admitiu que seu o partido está rachado sobre a criação de um possível voto em lista. "Temos um conjunto expressivo que defende a lista e outro que defende o proporcional. Eu defendo o consenso", afirmou Eduardo Campos.
Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, houve consenso dos quatro partidos sobre o financiamento público exclusivo de campanha, a redução do mandato de senador para quatro anos a partir de 2018 e a redução da idade mínima para candidatos ao Senado (que passaria de 35 para 30 anos) e para a Câmara de Deputados (de 21 para 18 anos). Além disso, eles concordaram que deve passar a haver apenas um suplente de senador. O ex-presidente Lula não falou com a imprensa.