O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) ressaltou que o número de deputados com deficiência é pequeno diante do total de 513 parlamentares na Casa. “Esta Casa não reflete o quadro brasileiro de quase 1 milhão de deficientes desse país. Os três representantes são cadeirantes. Não temos representante dos deficientes visuais, com de Síndrome de Down ou com outras deficiências. Mas é simbólico”, disse.
Entretanto, o deputado destacou que a Casa não fez as adaptações necessárias para garantir o acesso dos deficientes à Mesa no plenário. A deputada Rosinha do Adefal precisou ser carregada por seguranças para poder subir à Mesa. “Subi aqui carregada, correndo o risco de cair, para chamar atenção. É bom que o Brasil inteiro saiba que, apesar da nossa presença, ainda não conseguimos a reforma total desse plenário”, disse a deputada.
O autor do requerimento para a realização da sessão solene, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), lembrou que ainda hoje há uma dívida social com o deficiente. “Em meados do século 20, faltavam direitos assegurados em lei. Não havia debates sociais e políticas públicas a respeito das pessoas com deficiência. Essa carência impôs sérias dificuldades em se fazer cobranças para que os direitos hoje assegurados sejam cumpridos em sua totalidade”, disse, ao lembrar que foi a partir da Constituição de 1988 que as políticas públicas para os deficientes começaram a ser garantidas.
Na sessão solene, foram entregues diversos títulos de honra ao mérito para entidades que lutam em favor dos deficientes, como a Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) e a Associação Pestalozzi.