Segundo a PF, os funcionários do ITER permitiam o registro de terras em nome de laranjas. Em outra operação fraudulenta, o falso proprietário vendia o terreno a pessoas físicas ou jurídicas intermediárias que, ao final, negociavam a terra com grandes mineradoras a preços altos.
Em nota, o governo de Minas informou que no final de 2010, a Controladoria Geral do Estado (CGE) recebeu denúncia sobre a existência de irregularidades na prestação de serviços relacionada à regularização fundiária no Estado. A CGE apurou as irregularidades por meio de auditorias, mas o caso ainda está em fase de conclusão.
Ainda de acordo com o governo, o próprio Manoel Costa enviou ofício à CGE solicitando que fossem instaurados os procedimentos administrativos correspondentes, já que existiam indícios de irregularidades. A CGE disponibilizou todas as informações necessárias às investigações iniciadas pelo Ministério Público Estadual. Tendo em vista a natureza das investigações, que culminaram nas ações judiciais desta terça-feira, o governo exonerou os dirigentes do ITER-MG.
O Governo de Minas informou que continuará colaborando com o Ministério Público e com a Justiça e tomará todas as medidas necessárias para o ressarcimento de eventuais danos causados ao tesouro público.