Em alguns estados, a procuradora aceitou apenas parte das assinaturas, de acordo com a legislação em vigor. Isso ocorreu no Acre (802 assinaturas aceitas e 293 descartadas), em Minas Gerais (41.023 aceitas e 44.371 descartadas), no Paraná (29.964 aceitas e 16.149 descartadas), no Piauí (4.788 aceitas e 857 descartadas), no Rio de Janeiro (32.171 aceitas e 17.073 descartadas), em Santa Catarina (35.051 aceitas e 5.813 descartadas) e no Tocantins (14.190 aceitas e 2.009 descartadas).
Na Bahia, a procuradora encontrou problemas na certidão expedida pelo tribunal local, que “não é conclusiva a respeito do total de apoiamentos e, ademais, menciona tabelas que não foram juntadas ”. Em Alagoas e São Paulo, Cureau sentiu falta do documento que atesta a quantidade de votos para Câmara dos Deputados nas eleições do ano passado. São Paulo também teve problemas com a autenticidade das assinaturas. Todas os apoiamentos dos três estados foram recusados.
Os únicos estados que tiveram todas as assinaturas aceitas pelo MP foram Amazonas (26 mil), Ceará (9,5 mil), Espírito Santo (6,1 mil) e Rio Grande do Norte (20,5 mil).
A procuradora informou ainda que só há comprovação de registro de diretórios locais do PSD em 10 estados (ES, GO, MT, MG, PR, PI, RJ, SC, SP e TO). Ela não reconheceu a criação do PSD em seis: AC, AM, MS, PE, RN e RO. Os registros de diretórios regionais são essenciais para que o partido consiga obter o registro nacional no TSE.
O parecer de Cureau também negou pedido do PTB para anular a criação do PSD em 10 estados, sob a alegação de que a legenda foi impedida de fazer sustentação oral nos julgamentos que liberaram os registros locais. Para Cureau, o PTB deve usar outro tipo de recurso. Cureau não comentou o conteúdo de um vídeo anexado pelo DEM ao processo, que mostra eleitores recebendo cestas básicas supostamente em troca de assinaturas de apoio ao novo partido.