"O Pochmann, além da capacidade demonstrada no governo federal, é um nome completamente distante (das denúncias) e é evidente que isso facilita enquanto a Justiça não demonstra que o PT não tem nada a ver com essas denúncias em Campinas", disse Silva. "É um nome que consegue enfrentar o debate e unir o PT", completou o presidente do PT paulista.
Retomada
Além da dificuldade para manter o comando em Campinas, o PT também pode enfrentar obstáculos para retomar a prefeitura de Ribeirão Preto. A cidade do interior paulista já foi governada por Antonio Palocci, duas vezes exonerado do cargo de ministro. E é comandada pela prefeita Dárcy Vera (DEM), candidata natural à reeleição. O deputado federal Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara, também é virtual candidato à prefeitura da cidade. Como terceira via, o PT aposta na "herança" de Palocci e no ex-juiz Gandini. "Ele foi juiz que se destacou pelas questões sociais, uma das bandeiras do PT, e, por isso, é o candidato natural do partido", cravou Edinho.
Apesar do foco na ampliação do número de prefeituras, Edinho ainda não demonstrou publicamente disposição para encarar a briga pelo comando da cidade de Araraquara, governada por ele duas vezes. Para evitar a reeleição de Marcelo Barbieri (PMDB), o PT já tem como pré-candidata a vereadora Márcia Lia. Apesar de confidenciar a amigos o sonho de ser novamente prefeito, Edinho desconversa quando questionado se gostaria de voltar ao comando da cidade paulista. "A tendência é que não, mas vamos ver", resumiu.
Na próxima semana, a Executiva do PT paulista deve encerrar a avaliação de futuros filiados de peso para o partido, entre eles alguns tucanos, e assim estreitar a relação de nomes para a disputa em 2012.