O Ministério Público (MP) afirma que a obra foi superfaturada, com custo final de R$ 796 milhões, e que boa parte desse dinheiro foi enviado ao exterior por meio de doleiros, retornando ao Brasil em investimentos na empresa Eucatex, da família Maluf. O caso tramita em segredo de Justiça. Caso os ministros acatem os argumentos do MP, os acusados passam a responder a uma ação penal na condição de réus.
De acordo com o advogado de Paulo Maluf, não foram apontados fatos ou elementos que denunciem a reunião da família para praticar o crime. “Aliás, não é possível que ela seja infiltrada por um policial, porque se ele se infiltrar, ele pode ser membro da 'quadrilha'. O gozado é que todos os membros da 'quadrilha' estão em estado de flagrância, porque a quadrilha continua. Ela só vai acabar quando matarem todos e restarem apenas três. Isso é um absurdo”, ironizou Leal.
No intervalo da sessão, o advogado também criticou a atuação da imprensa, pois ele alega que seu cliente recebeu tratamento tão “forte” que tudo acaba conspirando contra ele. “Toda vez que apresento petição em nome de Paulo Maluf, ela é vista com má vontade”.
O julgamento começou no início da tarde, com a leitura do relatório do ministro Ricardo Lewandowski. Depois, falaram o representante do Ministério Público e os advogados dos envolvidos. Neste momento, o relator faz seu voto.