Enquanto democratas partem para a retaliação e tentam esvaziar a estrutura no interior dos deputados dissidentes, no PSL, o presidente estadual, Agostinho Neto, lambe as feridas depois de perder três cadeiras na Assembleia Legislativa. A bancada, formada pelos deputados Fábio Cherem, Hélio Gomes e Dr. Wilson Batista, migrou para o PSD. A principal motivação foi a cobrança do PSL dirigida aos deputados para que cumprissem os compromissos estatutários de pagamento de 5% dos vencimentos ao partido, além da filiação das contratações de gabinete, que também passariam a contribuir. “O PSL vai tomar providências. Vamos querer os nossos mandatos de volta”, disse Agostinho Neto. “Fábio Cherem, por exemplo, teve 37 mil votos. Está levando 93 mil votos do PSL para o PSD”, afirmou o presidente da legenda em Minas.
No PPS, há também desconforto com as baixas de Alexandre Silveira, secretário de Estado Extraordinário de Gestão Metropolitana, do deputado federal Geraldo Thadeu e do deputado estadual Neider Moreira (PPS). A queixa dos dissidentes é de falta de consideração do partido em Minas com as bancadas, por ter centrado o foco apenas na eleição da deputada estadual Luzia Ferreira (PPS). Já no PRTB, o novo presidente estadual, Aristides França, considerou “natural” a saída dos deputados estaduais Fabiano Tolentino e Cássio Soares. Segundo França, o PRTB integra a oposição ao governo de Minas, pois faz parte da frente Pró-Dilma, liderada pelo senador Clésio Andrade (PR). “Se esses deputados querem estar na base do governo do estado, acho natural que busquem outra opção política”, disse Aristides.