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Estado de Minas

PSD abre guerra por espaço no interior

Legendas que perderam cadeiras no Legislativo querem impedir que os parlamentares que debandaram para a nova sigla mantenham controle sobre as bases e diretórios municipais


postado em 30/09/2011 06:00 / atualizado em 30/09/2011 10:21

A debandada de sete deputados estaduais do PPS, do PRTB,do PSL e do DEM para o novo PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além da saída de quatro deputados federais do PPS, do DEM e do PMN, abriu nessa quinta-feira a temporada de caça aos diretórios no interior do estado. Os partidos políticos que perderam cadeiras querem evitar que os dissidentes mantenham as suas bases no interior encravadas nas estruturas das legendas. "Quem saiu não manterá o controle de comissões provisórias e dos diretórios municipais democratas pelas cidades mineiras", avisou nessa quinta-feira o presidente estadual do DEM, deputado Gustavo Corrêa, que foi surpreendido com a saída do deputado estadual Gustavo Valadares. Referindo-se também à desfiliação do deputado federal Marcos Montes, Corrêa disse: “A partir do momento em que saem da legenda, não vão manter o domínio. Esses diretórios e comissões serão alterados. Vou colocar à frente deles pessoas ligadas ao DEM. Não seremos ponte para os outros", disse.

O deputado federal João Bittar (DEM) está fazendo o levantamento de todas as cidades em que Valadares e Montes têm o controle do partido. “Onde tivermos possibilidade de lançar candidatos, vou tomar as rédeas dos diretórios”, acrescentou Corrêa, que já decidiu intervenção em Santo Antônio do Grama e em São Pedro dos Ferros, ambos na Zona da Mata.

Enquanto democratas partem para a retaliação e tentam esvaziar a estrutura no interior dos deputados dissidentes, no PSL, o presidente estadual, Agostinho Neto, lambe as feridas depois de perder três cadeiras na Assembleia Legislativa. A bancada, formada pelos deputados Fábio Cherem, Hélio Gomes e Dr. Wilson Batista, migrou para o PSD. A principal motivação foi a cobrança do PSL dirigida aos deputados para que cumprissem os compromissos estatutários de pagamento de 5% dos vencimentos ao partido, além da filiação das contratações de gabinete, que também passariam a contribuir. “O PSL vai tomar providências. Vamos querer os nossos mandatos de volta”, disse Agostinho Neto. “Fábio Cherem, por exemplo, teve 37 mil votos. Está levando 93 mil votos do PSL para o PSD”, afirmou o presidente da legenda em Minas.

No PPS, há também desconforto com as baixas de Alexandre Silveira, secretário de Estado Extraordinário de Gestão Metropolitana, do deputado federal Geraldo Thadeu e do deputado estadual Neider Moreira (PPS). A queixa dos dissidentes é de falta de consideração do partido em Minas com as bancadas, por ter centrado o foco apenas na eleição da deputada estadual Luzia Ferreira (PPS). Já no PRTB, o novo presidente estadual, Aristides França, considerou “natural” a saída dos deputados estaduais Fabiano Tolentino e Cássio Soares. Segundo França, o PRTB integra a oposição ao governo de Minas, pois faz parte da frente Pró-Dilma, liderada pelo senador Clésio Andrade (PR). “Se esses deputados querem estar na base do governo do estado, acho natural que busquem outra opção política”, disse Aristides.


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