Depois de obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última terça-feira, o Partido Social Democrático (PSD) corre contra o tempo para consolidar o quadro de filiações em São Paulo. O principal líder da sigla, o prefeito paulistano Gilberto Kassab, dividiu o estado em regiões e nomeou deputados estaduais e federais para coordenar o processo, de olho nas eleições municipais de 2012. "Como o partido irá debutar nas urnas, é importante sair com um resultado bom", disse o deputado federal Eleuses Paiva, coordenador em São José do Rio Preto.
Na assessoria do deputado Guilherme Mussi Ferreira, eleito pelo PV e que coordena o PSD no sudoeste paulista, o ex-deputado Bruno Feder diz que a estratégia é buscar filiações fora das prefeituras. "Muitos prefeitos têm ligações com a gente, mas não podem se abrir, pois dependem do governo estadual para investimentos em seus municípios." Mesmo assim, segundo ele, o partido já conseguiu a adesão de 80 vereadores na região e, destes, 25 devem ser candidatos a prefeito.
O prefeito de Itu, Herculano Passos Júnior, eleito pelo PV e adepto do PSD desde o lançamento, disse que o partido preparou com antecipação a lista de filiações. "Agora é só confirmar." Ele coordena o partido na região com sua mulher, a deputada estadual Rita Passos, e recebia hoje pré-candidatos a prefeito de cidades do entorno de Sorocaba.
A meta do PSD é ter candidatos a prefeito ou vice em metade dos 645 municípios paulistas, com chances de eleger 40%. Em Bauru, o partido se aproximou do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), pré-candidato à reeleição, em busca de uma possível composição. No Vale do Paraíba, a captação de filiados foi confiada ao deputado Junji Abe, que deixou o DEM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.