Dilma Rousseff durante a declaração a imprensa após encontro com Primeiro-Ministro do Reino da Bélgica, Senhor Yves Leterme - Foto: THIERRY ROGE 03/10/2011
A presidente Dilma Rousseff assegurou nesta segunda-feira, em Bruxelas, que o Brasil cumprirá com seus compromissos para a Copa do Mundo de 2014, durante uma reunião com o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke. Durante a reunião foram abordados os pontos de divergência sobre os preparativos do Mundial. Após o encontro, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirmou que a reunião foi "muito positiva". "Tivemos uma reunião em que Valcke participou com nossa presidente Dilma, na qual repassamos a preparação da Copa do Mundo no Brasil. A presidente reafirmou pessoalmente a intenção de preparar o país para oferecer as condições adequadas", disse o ministro.
A reunião foi organizada a pedido das autoridades brasileiras, depois da constatação de divergências entre o governo do país sede do próximo Mundial e a Fifa. A entidade que comanda o futebol mundial estaria irritada com os atrasos das obras e preparativos da Copa de 2014 e, sobretudo, com um projeto de lei que pretende regulamentar o evento.
Um dos pontos de fricção é que, no caso de aprovação, a lei pode reduzir os lucros que a Fifa projeta com o mega evento. "Na quarta-feira, um grupo da Fifa visitará Brasília para acompanhar a organização do evento", disse Orlando Silva. "A redação do projeto pode ser aperfeiçoada de uma maneira que todas as garantias que o Brasil deu à Fifa possam ser cumpridas", completou.
A Lei Geral da Copa, que foi enviada ao Congresso em 19 de setembro, fixa as competências da Fifa em termos de proteção das marcas e símbolos do evento, titularidade sobre direitos de transmissão, patrocínios, bilheteria e até concessão de vistos para o Mundial e a Copa das Confederações de 2013.
Na sexta-feira, o ministro dos Esportes admitiu a possibilidade de existência de alguns pontos de divergência, mas reafirmou o desejo de manter uma relação harmoniosa com a Fifa.
A presidente Dilma Rousseff iniciou no domingo em Bruxelas uma viagem que será marcada por uma reunião de cúpula UE-Brasil, que debaterá a crise na Eurozona.