Na véspera, Monjardim havia respondido que o ministério mantinha exemplares em número reduzido. “Apenas o suficiente para o arquivo ou demanda extra”, informou a assessoria de imprensa, por orientação do assessor especial. Os exemplares não distribuídos representariam “cerca de 3%” da tiragem. Cada edição foi impressa ao custo de R$ 160,6 mil, segundo o ministério. Monjardim calculou que estariam no depósito 1.800 exemplares de cada uma das sete edições impressas na Gráfica e Editora Brasil.
O jornal O Estado de S. Paulo fotografou o depósito com pilhas de caixas com exemplares da Revista Trabalho impressos desde 2009. O depósito, identificado com o aviso “gráfica fechada”, é protegido por cadeado e foi aberto por um funcionário. As contas do ministério e da reportagem se desencontravam.
Ontem, Monjardim mandou um funcionário contar o material logo cedo. O funcionário listou 686 caixas, contendo 55.320 exemplares de sete edições diferentes. Há no depósito 42.420 revistas a mais do que a “reserva técnica” necessária. O menor encalhe é de 5.500 exemplares, do número 8 da publicação. O número anterior registrou o maior encalhe: 10.200 exemplares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.