O secretário de Meio Ambiente do estado de São Paulo, Bruno Covas, disse nesta quinta-feira que já deu os esclarecimentos necessários a respeito de declaração sobre o suposto esquema de venda de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo. Em entrevista, concedida ao
Jornal O Estado de S. Paulo, o tucano relatou que, certa vez, um prefeito lhe ofereceu propina após a aprovação de uma emenda parlamentar.
Um mês depois, ele voltou atrás e negou que tenha recebido a oferta do prefeito, tendo dado na entrevista um exemplo hipotético. No evento de hoje, Bruno Covas não descartou, contudo, prestar novos esclarecimentos caso seja chamado pela Assembleia Legislativa de São Paulo. "Isso vai depender se os deputados estaduais querem que eu diga aquilo que eu já disse", afirmou, após participar do II Fórum de Cooperação Internacional promovido na capital paulista.
A expectativa era que o tucano esclarecesse a declaração em reunião da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, marcada para a última terça-feira. No mesmo dia, contudo, o deputado Beto Trícoli (PV), presidente da comissão, desconvocou o encontro, alegando que aquele não era o espaço para o assunto ser tratado. "A comissão desmarcou a sessão, até porque prestar esclarecimentos à Comissão de Meio Ambiente é uma obrigação constitucional", lembrou o secretário estadual.
Na solenidade, o tucano fez ainda coro ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e defendeu que o deputado estadual Roque Barbieri (PTB) dê maiores explicações sobre as denúncias de venda de emendas ao Orçamento do Executivo. "Eu acho que ele deveria esclarecer mais, com certeza", afirmou.