Com os dirigentes do PPS, Lacerda reforçou o convite para que o partido se mantenha na aliança que governa a cidade. A legenda controla a Regional Nordeste, além da Secretaria Adjunta de Direito e Cidadania. “Sempre tivemos uma relação histórica com o Marcio e com o PSB”, afirma o presidente do diretório municipal do PPS, Geraldo Magela. Para o dirigente partidário, a ausência do PT não enfraquecerá a aliança. “O PT vem perdendo eleições seguidas na cidade. Nosso caminho não é o dele”, provocou.
Antes de se encontrar com o PPS, Lacerda também tentou iniciar as conversações com o PDT, mas não obteve sucesso. “Não deu frutos, pois o PDT não quer apenas participar do governo, quer participar das eleições”, afirmou o deputado estadual Sargento Rodrigues, presidente municipal do PDT. Ele sustenta que o partido não se interessa em “apenas uma secretaria”. “Não queremos ser coadjuvantes”, cravou Rodrigues.
Sem tucanos Roberto Carvalho, por sua vez, informou que seguirá buscando todos os partidos que formam a base de sustentação do governo Dilma Rousseff. “Se do namoro vai dar casamento? É o que esperamos”, pergunta e responde o vice-prefeito. Na quarta-feira, o encontro de Carvalho foi com o PMDB. Ele é firme ao dizer que quem decidirá o papel do PT nas eleições municipais são os filiados da legenda, e afasta totalmente a possibilidade de ocorrer a aliança com o PSDB, responsável por eleger Lacerda em 2008. “Na vida se cometem erros, mas não se pode ter compromissos com os erros. Não erraremos de novo”, afirma o vice-prefeito.
Enquanto rechaça a manutenção da aliança, Carvalho conversa com o PDT. Entretanto, ainda não conseguiu garantia de apoio. De acordo o deputado Sargento Rodrigues, o PDT quer avançar nas negociações e busca uma candidatura própria. Na análise dele, o ideal é que a cidade tenha mais candidaturas. “Não podemos aceitar que o prefeito coloque todos os partidos debaixo do balaio e seja candidato único”, provoca Rodrigues.