A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira, em visita à Ancara, que o Brasil e a Turquia devem se articular na cúpula do G-20 - grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo -, para aumentar a participação dos países e lutar contra a “imobilidade política dos países desenvolvidos”. "Essas políticas monetárias excessivamente expansionistas têm sido remédio privilegiado que as economias mais desenvolvidas têm buscado nos últimos tempos e têm como efeito secundário a valorização artificial das nossas moedas”, disse, durante encontro com empresários.
Na última década, o comércio entre os dois países triplicou, com um salto de 60% desde 2009, ano em que o Brasil, sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visitou a Turquia pela primeira vez. Nesta sexta, Dilma observou ainda que a criação do voo direto entre Istambul e São Paulo, operada pela Turkish Airlines, que já apresenta ocupação média de 90%.
Outros pontos citados por Dilma foram a defesa de uma solução do conflito histórico entre os povos palestino e judeu, visão compartilhada pelo governo turco. “É uma questão crucial a solução da questão entre Palestina e Israel. Brasil e Turquia, no G-20, estão em sintonia na defesa da harmonia, da paz, democracia e da rejeição à xenofobia”, comentou.
Durante o dia, empresários brasileiros fecharão acordos nas áreas de tecnologia, agricultura, energia, comércio exterior, defesa e ciência, com destaque para a venda de produtos como soja, minério de ferro, algodão, trigo, café e o rastreamento de patentes de remédios.