O deputado cobrou o governo da falta de resposta ao requerimento que protocolou na Casa Civil em 22 de dezembro de 2010, no qual fazia questionamentos sobre as emendas. “No mínimo o governo deveria pensar: ‘por que será que um deputado que nos apoia com tanta lealdade e por tanto tempo, está perguntando isso?’ Por que o governo não me ligou e perguntou? Pode até ser que esqueceram. O que não pode é tentar me fazer passar por mentiroso e dizer que não os alertei.”
Ele ainda disse achar “estranho” que o então chefe da Casa Civil Luiz Antonio Guimarães Marrey, tenha afirmado “lembrar-se vagamente” do documento. “Ele lembrou-se da data exata, mas do assunto não. Estranho, não acham?”, perguntou.
Camelódromo. Barbiere reclamou da forma como foi interpretado no episódio em que comparou deputados a camelôs, mas confirmou ter feito a analogia. “O repórter perguntou-me como as emendas eram vendidas. Respondi-lhe: ‘Não sei, pois nunca as vendi’. Ele insistiu e eu disse para que ele imaginasse que, aquele que a for vender, não coloca anúncio em lugar nenhum, e que quem vendia emenda talvez fizesse como camelô, sei lá, maquiasse o produto e outras bobagens do tipo (sic)”.
O líder do PTB, Campos Machado, afirmou que Barbiere lhe pediu que transmitisse à Casa a informação de que renunciaria ao mandato na terça-feira “se alguma televisão ou jornal provar que ele falou que esta Assembleia é um camelódromo”.
Ao final da reunião, o deputado Cauê Macris (PSDB), que faz parte da base governista, afirmou que considerava insuficientes as explicações de Barbiere e que o deputado deveria comparecer pessoalmente para sanar as dúvidas dos deputados.
O líder do PT, Ênio Tatto, rebateu as declarações dadas por Alckmin anteontem. Segundo ele, em vez de cobrar explicações de Barbiere, Alckmin deveria fazê-lo em relação ao seu secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, que relatou ao estado o caso de um prefeito que lhe ofereceu R$ 5 mil por uma emenda.