Sobre o FPM, a senadora, disse que é preciso elevar as alíquotas e tornar o fundo menos vulnerável, já que alguns dos impostos que geram recursos para esse fim sofrem alterações quando o governo federal precisa combater crises.
"Penso que é preciso torná-lo menos vulnerável, pois tem forte caráter distributivo e, portanto, deve ter flexibilidade para a absorção de choques", defendeu.
Lúcia Vânia lembrou que, na estrutura vigente, a União recebe 64% dos tributos arrecadados; os estados, 23%; e os municípios, apenas 13%. Apesar disso, segundo a senadora, a Constituição de 1988 reservou aos estados e municípios atribuições relevantes em áreas como educação e saúde, o que impõe rigidez orçamentária a esses entes. Para a senadora, a União utiliza-se de artifícios para evitar dividir recursos.
"Apesar da extremada carga tributária existente, tem-se usado a estratégia de criar ou majorar contribuições sociais, livrando-se, com esse artifício, da responsabilidade de repartir os recursos com estados e municípios", disse.
'Royalties'
Lúcia Vânia defendeu um acordo sobre a divisão dos recursos provenientes da exploração do petróleo entre estados produtores e não-produtores, "carentes de recursos". Para a senadora, a solução judicial não interessa a nenhuma das partes