O senador disse que os familiares defendem para a Comissão da Verdade um período de atividade maior do que dois anos, além de imunidade para seus integrantes e autonomia financeira para o desenvolvimento dos trabalhos, entre outras medidas. "Enfim, pedem uma série de providências e eu vou abordar isso no parecer", destacou.
Nos encontros com representantes do governo, os familiares das vítimas das guerrilhas de enfrentamento à ditadura militar reivindicam ainda a localização e identificação dos restos mortais dos guerrilheiros, entre militantes e camponeses, além de denunciar que eles foram vítimas de detenção arbitrária, execução e desaparecimento e que o Estado nunca teve interesse em apurar os crimes.
Aloysio Nunes disse que trabalhará esta semana para entregar o quanto antes o seu parecer. Em princípio, ele disse que concorda com o "teor geral" do projeto aprovado pelos deputados no mês passado. "É um passo importante para que a sociedade brasileira tenha conhecimento e possibilidade de formular seu juízo a partir de informações sobre fatos que dizem respeito à violação dos direitos humanos e que ainda não foram revelados, apesar de um esforço de mais de dez anos, desde a criação da comissão de mortos e desaparecidos, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou o senador.