"Usaram o DEM para disputar governos e até Presidência e depois o trataram com desdém, insignificância e desprezo", informou a prefeita, numa clara referência ao PSDB. "Oferecem migalhas de espaços na governança e agem como se estivessem fazendo favor à sigla. Comigo isso acontecia com frequência", completou a prefeita, no texto.
Dárcy cita ainda a recente crise com o PSDB, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e aliados dele em Ribeirão Preto, gota d'água para que ela deixasse o DEM e seguisse o mesmo caminho do padrinho político e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). Dárcy critica o corte de recursos do governo do Estado para Ribeirão Preto por parte de Alckmin, justamente no período em que começa a corrida rumo à eleição municipal de 2012. "Como prefeita do DEM, tive que esmolar soluções para Ribeirão (Preto)", afirma.
A prefeita diz ter respeitado o acordo político com o DEM e trabalhou para eleger Alckmin, mas, "infelizmente, alguns que cercam o governador usam da velha tática dos antigos coronéis, privando a cidade de soluções com o objetivo único e claro de me prejudicar, pensando nas eleições municipais e não na nossa cidade", disse.
As críticas são endereçadas ao ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB), derrotado por Dárcy em 2008 na Prefeitura de Ribeirão Preto, e ao deputado federal e líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira (PSDB), ambos pré-candidatos tucanos a sucedê-la em 2012. "Quando minhas reivindicações são atendidas, a solução é divulgada pelos seus aliados (de Alckmin), tentando tirar todo o mérito do meu trabalho", diz a prefeita. "Vou continuar sendo firme na defesa de Ribeirão e, agora, com a liberdade de falar o que penso, sem causar constrangimento; quem sabe agora, no PSD, o governo Alckmin me trate melhor", concluiu.