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Estado de Minas

Esporte deu aval para ONG suspeita captar R$ 3 mi


postado em 18/10/2011 12:43 / atualizado em 18/10/2011 12:47

O Ministério do Esporte anunciou neste ano que não renovaria o convênio com a entidade Pra Frente Brasil (antiga Bola Pra Frente), da ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, mas autorizou a ONG a captar quase R$ 3 milhões por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Entre julho e agosto, a pasta permitiu que a entidade buscasse os recursos com empresas para implementar três projetos, Esporte pra Todos I, II e III. As companhias que colaborarem têm como contrapartida desconto no Imposto de Renda.

As autorizações foram dadas após o Tribunal de Contas da União (TCU) anunciar, em abril, que investigaria a entidade por suspeita de irregularidade em convênios firmados com o ministério para realizar o programa Segundo Tempo. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada em fevereiro mostrou que a ONG cobrava taxa de intermediação das prefeituras para implantar o projeto.

Karina Rodrigues é vereadora em Jaguariúna, interior paulista, pelo PC do B, mesmo partido do ministro Orlando Silva. Quando o caso veio a público, a vereadora disse que cobrava das prefeituras para pagar a contrapartida ao Ministério dos Esportes. Além das autorizações concedidas em 2011, a pasta também permitiu que a entidade captasse no ano passado R$ 854 mil para o programa Domingos Felizes.

De acordo com registro do ministério, ainda não foram feitas captações significativas. Elas ocorrem geralmente no final do ano. quando as empresas têm dados mais concretos de seus resultados e de quanto podem dar.

No ano passado, o ministério repassou cerca de R$ 30 milhões a ONGs, muitas ligadas a aliados do PC do B. Das 443 entidades, prefeituras e empresas que receberam recursos do programa Segundo Tempo em 2010, a Bola pra Frente abocanhou a maior parcela: R$ 13 milhões. Em 2009, ficou em segundo no ranking, com R$ 8,5 milhões. Os recursos caíram a zero em 2011.

Na época das denúncias, o ministro anunciou que faria uma sindicância nos convênios. “Não perguntamos a vinculação política. Existe neste País liberdade política partidária. O que não pode é usar critérios políticos para escolher as entidades”, chegou a afirmar o ministro.

De acordo com informações da Pra Frente Brasil, com o projeto Esportes Pra Todos, “a entidade amplia ainda mais sua atuação pelo desenvolvimento e democratização do esporte educacional”. A ONG diz estar presente em 17 municípios paulistas e atender mais de 18 mil pessoas.


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