Jornal Estado de Minas

Orlando Silva diz que denúncias são falsas e sem consistência

Durante a audiência pública nas comissões de Turismo e Desporto e de Fiscalização Financeira, na Câmara, o ministro do Esporte rechaçou as acusações e se colocou à disposição para ser investigado.

Durante audiência pública na tarde desta terça-feira, o ministro do Esporte, Orlando Silva, rechaçou as denúncias de corrupção feitas no fim de semana pela revista Veja. A revista trouxe o depoimento do militar João Dias Ferreira acusando-o de ter recebido "uma caixa de papelão lotada de cédulas de R$ 50 e R$ 100, na garagem do ministério". Silva se disse inocente e prometeu processar o PM, que está preso.
No depoimento, Silva, ele rebateu as denúncias e disse que "até na guerra existe limite". Segundo ele, os partidos e órgãos de imprensa devem ter mais cuidado ao fazer denúncias, pois, poderiam destruir reputações. Ele também acrescentou que as informações divulgadas pela revista são "falsas e sem consistência".

Silva diz que sua indignção contra as denúncias "beira a revolta" e apresentou aos parlamentares presentes cópia do requerimento que para que fosse investigado. Ele também defendeu o seu partido PC do B das acusações de que estaria sendo beneficiado por esquema de favorecimento da legenda dentro do Ministério do Esporte.

O ministro alegou que vai entrar com ação de calúnia contra os acusadores. Ele também classificou o policial militar, João Dias Ferreira, de “delinquente”. “Quem faz a agressão trata-se de um desqualificado, de um criminoso, de pessoa que foi presa, é uma fonte bandida", acusa.

Para Orlando Silva, o PM estaria agindo dessa maneira porque estaria “com os interesses feridos”, já que está sendo investigado por irregularidades identificadas na fiscalização do próprio governo.

“Os convênios que orientaram toda a polêmica surgiram em 2005, o segundo em 2006. Eu era secretário-executivo do ministério, atendi ao João Dias como dirigente de uma entidade esportiva de uma região periférica de Brasília”, declarou. “A partir de 2007, começamos a fiscalização que apontou o não cumprimento do objetivo do convênio. Foi aberto o devido processo administrativo e ocorreram sucessivos pedidos protelatórios da prestação de contas. Não nos restou alternativa que não fosse executar o convênio e, desde 2008, o ministério atua para receber os recursos repassados para aquelas entidades”, acrescentou.