A senadora Marta Suplicy negou nesta sexta-feira que tenha aberto mão da disputa no PT à sucessão para a Prefeitura de São Paulo. Ela ressaltou que continuará participando dos encontros zonais do partido e lembrou que em um dos cenários da última pesquisa Datafolha, divulgada em setembro, pontuou 31% das intenções de voto. Nessa projeção, o eventual candidato do PSDB seria o atual secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas. "Eu sou candidata e estou onde sempre estive, fazendo as visitas aos zonais de meu partido, com a militância do meu partido", afirmou.
A pré-candidata do PT tinha um encontro marcado para hoje com alguns de seus aliados, mas o cancelou ontem. Na reunião, segundo petistas, seria tratada a sua eventual desistência da disputa eleitoral de 2012. O nome do ministro da Educação, Fernando Haddad, que conta com o respaldo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem ganhando força, inclusive, entre aliados de Marta. Na avaliação deles, a insistência em participar da disputa eleitoral poderia desgastar ainda mais a relação da senadora com o ex-presidente, que, em encontro, já avaliou que seria melhor para a sigla que Marta continuasse no Senado Federal.
Os aliados de Haddad têm defendido, inclusive, que a presidente Dilma Rousseff converse sobre o assunto com Marta Suplicy, o que deve ocorrer, segundo partidários, na próxima semana. A senadora na avaliação deles, só deixaria a disputa caso fosse feito um pedido direto pela presidente em nome da governabilidade no Congresso Nacional. Na última semana, aliados da pré-candidata deram início a um movimento para formar uma frente pró-Marta, que teria o apoio dos pré-candidatos Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. Os deputados federais, entretanto, não quiseram abrir mão de uma candidatura em favor da senadora.