A gerente da ONG Pra Frente Brasil, Karina Valéria Rodrigues, filiada ao PC do B do ministro Orlando Silva, disse nesta sexta-feira ao Grupo Estado que, se a organização da qual foi presidente cometeu alguma irregularidade, haverá correção. A ONG está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), mas Karina assegura que durante sua gestão não houve nenhum tipo de ilegalidade. “Nossos balancetes, desde 2004, estão todos online. Se a nossa entidade cometeu irregularidade e eles entenderem isso, corrigiremos, mas não existe nenhum ato de ilegalidade”, afirmou. “Se houvesse ilegalidade não haveria a transparência que há.”
Segundo ela, as contratações não foram feitas por meio de tomada de preço, mas sim por pregão presencial, o que eliminaria a possibilidade de favorecimento. “Talvez o Ministério Público Estadual não tenha tido tempo de solicitar essa informação. Agora vão solicitar e teremos dez dias para responder. Temos prerrogativa de pedir um prazo maior para responder, mas não vamos.”
A vereadora disse que é a favor da investigação e da punição de quem usou mal os recursos públicos. “Não somos melhores que ninguém, mas não quero ser colocada no mesmo saco de uma ONG que recebeu milhões e não fez nada.”
Sobre as denúncias envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, Karina limitou-se a dizer que é a favor da fiscalização do uso do dinheiro público. “No Estado democrático todo mundo é inocente até que de demonstre o contrário. Sou a favor da condenação de quem é culpado, mas contra a condenação antes de os fatos serem apurados.”