O gabinete, a casa e o sítio do vereador Gêra Ornelas (PSB) foram alvo nessa sexta-feira de busca e apreensão. A pedido do Ministério Público de Minas os oficiais de justiça, com a ajuda da Polícia Militar, recolheram computadores e documentos. Gêra Ornelas é réu de uma ação de improbidade administrativa acusado de ter extorquido um funcionário da Câmara Municipal. No processo, que pede o afastamento do vereador do cargo, a promotoria ainda usa o filme no qual o vereador aparece de cueca no gabinete.
A situação pode ficar ainda pior para Gêra Ornelas. A Assembleia de Minas pede que seja encaminhado ao procurador-geral do Ministério Público estadual e ao chefe da Polícia Civil vídeo entregue à Comissão de Direitos Humanos no qual está registrada a participação do vereador em atos sexuais com uma suposta adolescente. “Há suspeitas de que a menina seja menor de idade”, disse o presidente da Comissão, deputado Durval Ângelo (PT). A Casa também vai enviar um ofício à Presidência da Câmara Municipal e a todos os vereadores sugestão de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar.
O presidente do Legislativo Municipal, vereador Léo Burguês (PSDB), disse não ter recebido ainda o documento, mas, não gostou do recado e disse que a Casa já está apurando o caso. O corregedor, vereador Edinho Ribeiro, enviou ontem ao gabinete de Ornelas um ofício dando prazo de 10 dias para o parlamentar se manifestar. A informação do gabinete do socialista foi a de que apenas seu advogado, Antônio Patente, falaria. A reportagem, no entanto, não conseguiu encontrá-lo no escritório e seu celular estava desligado.