O ministro do Esporte, Orlando Silva, entregou na tarde desta quarta-feira sua carta de demissão à presidente Dilma Roussef. A decisão foi tomada após reunião que começou por volta das 17h30 no Palácio do Planalto. Antes disso, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, já havia confirmado a saída de Silva.
O ministro chamou o policial João Dias Ferreira e o motorista Célio Pereira de criminosos, e afirmou que eles "fugiram do Congresso Nacional porque não tinham provas". Os dois não compareceram a audiência na Câmara na tarde de hoje. O ministro também afirmou que nem ele e nem o seu partido serão “instrumento” para ataque ao governo. “Nosso partido não pode ser instrumento de nenhum tipo de ataque ao governo. A melhor solução seria eu me afastar do governo. Essa foi uma decisão consciente que eu tomei, e a presidente me apoiou”, explicou.
Denúncias
O ministro Orlando Silva enfrenta diversas denúncias de irregularidades na pasta do Esporte. A situação do ministro se agravou nessa terça-feira, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia aceitou o pedido de abertura de inquérito para investigar denúncias de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O pedido foi feito na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Há duas semanas, o policial militar João Dias acusou o ministro de participar de um esquema de desvio de recursos públicos do programa. A denúncia foi publicada pela revista Veja. Desde então, Orlando Silva vem negando participação no esquema, tendo prestado informações ao Congresso Nacional. Ele também pediu para ser investigado pelo Ministério Público para que pudesse provar sua inocência.
Com informações de agências