O governador do Espírito Santo defendeu a ponderação. “Sabemos que a riqueza do petróleo precisa e deve, nos contratos futuros e na arrecadação futura, ter uma melhor distribuição, mas ninguém pode avançar sobre a receita de outro Estado. Eu não quero reduzir a receita de nenhum outro Estado, mas também não quero que nenhum Estado avance nas nossas receitas”, afirmou.
Os governadores trataram de assuntos referentes à divida pública das unidades federativas, reforma tributária, além de investimentos em infraestrutura comuns aos dois estados. Também participaram do encontro o vice-governador Alberto Pinto Coelho; o secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro; a secretária de Casa Civil e Relações Institucionais, Maria Coeli; e o secretário de Projetos do Espírito Santo, José Eduardo Azevedo.
Polêmica
O Senado aprovou na quarta-feira da semana passada o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) sobre o projeto de redivisão dos royalties do petróleo. Além do texto-base, também foram aprovadas duas emendas que suprimiam artigos colocados por ele. Foram retirados do projeto que seguirá para a Câmara dos Deputados o trecho que permitia parcerias público-privadas na exploração do petróleo e o trecho que definia as áreas de cada estado no mar.
Os senadores também aprovaram emenda que suprimiu do texto o artigo que vinculava 3% dos royalties da União para as Forças Armadas. Também foi aprovado o destaque que retirou 2 pontos percentuais da parte que caberia aos estados e municípios não produtores para repassar à União, que assim receberá 22% do total dos royalties do petróleo que for extraído sob o regime de partilha. Estados e municípios não produtores receberão 49% e os estados e municípios chamados "confrontantes" ficarão com 29%.
Derrotados, os senadores do Espírito Santo e Rio de Janeiro brigaram em vão ao longo de todo o dia por mudanças no texto. Alegando prejuízos aos seus estados - que produzem a maior parte do petróleo extraído hoje e onde estão os campos do pré-sal - os senadores propuseram a criação de um novo imposto de exportação, de mais cobrança sobre as petroleiras e a transferência de parte dos recursos da União para os chamados "produtores".
Com informações da Agência Minas e Agência Brasil