Jornal Estado de Minas

Expansão de hospitais ainda em discussão na capital

Leonardo Augusto
A Prefeitura de Belo Horizonte vai analisar isoladamente cada projeto de expansão de hospitais de Belo Horizonte para decidir como conduzirá as negociações para aprovação na Câmara dos Vereadores da legislação que autoriza as obras. O governo quer saber se o retorno dos empreendimentos para a cidade compensará o desgaste para o prefeito Marcio Lacerda (PSB), previsto, por exemplo, com a possibilidade de ampliação do Instituto Hilton Rocha – na Serra do Curral, uma área de proteção ambiental – , adquirido pelo Grupo Oncomed, que planeja construir no local um centro para tratamento de câncer.
O prefeito passou a manhã e a tarde desta segunda-feira reunido com secretários e assessores mais próximos analisando o tipo de construção que os hospitais pretendem fazer. “Os que forem importantes serão levados adiante”, afirma o líder do governo na câmara, Tarcísio Caixeta (PT), que participou do encontro. Conforme o petista, não há data para entrada na pauta do projeto de lei que altera a lei de uso e ocupação do solo, fundamental para a realização das obras. Além do Grupo Oncomed, outros seis hospitais da capital possuem projetos de expansão.

Prejuízos à serra O projeto de flexibilização foi aprovado em primeiro turno e recebeu três substitutivos para a segunda e última votação, além de emendas. A apreciação dos textos estava marcada para amanhã. A justificativa do líder do governo para o atraso é que as mudanças previstas precisam de mais discussão.

As obras na Serra do Curral são as que mais provocaram reação da sociedade. Organizações não governamentais (ONGs) e entidades de proteção ao meio ambiente são contrárias às obras por entenderem que trará ainda mais prejuízos à serra, já bastante degradada pela mineração. O vereador Alexandre Gomes (PSB), autor de substitutivo que autoriza a construção do centro para tratamento de câncer, pretende fazer uma apresentação do empreendimento no Plenário da Câmara amanhã.