Para evitar a desculpa do “eu não sabia”, Dilma Rousseff deu prazo de 30 dias para que todos os seus ministros fiquem a par da situação dos convênios que as respectivas pastas firmaram com ONGs. Os recursos só serão liberados com o aval do titular de cada ministério. Dessa forma, em qualquer denúncia de desvios, o ministro será pessoalmente responsabilizado — a medida estava em discussão há dois meses, conforme antecipou o Correio no início de agosto. O decreto presidencial só livra da varredura as entidades que atuam em programas de proteção à testemunha, fornecem serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) e têm prestado contas periodicamente nos últimos cinco anos.
Reclamação
A Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong) reagiu ao congelamento dos pagamentos, reclamando que a “força tarefa” de verificação dos convênios promovida pelo governo federal poderia ser feita sem a suspensão dos repasses e que a medida “pode causar graves problemas àquelas que estão cumprindo regularmente suas obrigações”.