O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou nessa segunda-feira que a suspensão dos repasses às organizações não governamentais (ONGs) que tenham convênio com o Executivo ajudará o governo a reconhecer as entidades “sérias”. “É essa distinção entre as ONGs sérias, qualificadas, e essas ONGs fantasmas que a presidente Dilma fez questão, agora, de estabelecer com essas regras novas”, comentou Hage, ao anunciar uma força-tarefa envolvendo a controladoria e outros órgãos para promover um pente-fino nos contratos dessas entidades.
Hoje, 73.089 ONGs dividem um bolo de R$ 2,7 bilhões em recursos da União pagos somente este ano. Em 2010, o número era ainda maior: 100.194 e, mesmo com a redução de 27%, o governo continuou a ter problemas com essas entidades sem fins lucrativos.
Reclamação
A Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong) reagiu ao congelamento dos pagamentos, reclamando que a “força tarefa” de verificação dos convênios promovida pelo governo federal poderia ser feita sem a suspensão dos repasses e que a medida “pode causar graves problemas àquelas que estão cumprindo regularmente suas obrigações”.