Embora o grupo não tenha sido consultado por Marta sobre o apelo da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mentor negou que os deputados tenham negociado apoio ao ministro antes da declaração da senadora. "Ficamos no aguardo dela", contou o deputado, que até o último momento manteve a coleta de assinaturas para inscrever a senadora nas prévias do partido. "Agora vamos apoiar o Haddad para ganhar a eleição", disse. Assim como a senadora não conversou com seus aliados antes de anunciar a desistência, os parlamentares preferiram não consultá-la sobre o apoio ao ministro.
Com a saída de Marta da disputa, seus aliados avaliaram que os demais pré-candidatos - os deputados Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e o senador Eduardo Suplicy - têm uma força política regionalizada, incapaz de levar o partido à vitória em 2012. "Qualquer candidato contra o Haddad vai perder (nas prévias)", previu Mentor. De acordo com ele, pesou na decisão dos aliados de Marta o fato de o preferido do presidente Lula para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) ter se firmado na disputa. "A candidatura do Haddad ganhou uma expressão grande e se consolidou no PT", avaliou.
O PT municipal encerra neste fim de semana as caravanas zonais para discutir as propostas que o partido defenderá na eleição municipal de 2012. Zarattini, Tatto, Suplicy e Haddad debaterão os problemas da cidade na Vila Matilde (hoje) e São Mateus (amanhã). O último encontro será no domingo, em Guaianases.