No seu site, Marta afirma que se trata de um "comitê específico para o Senado aderir ao programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, vinculado à Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República". Informa, ainda, que a adesão do Senado ao programa foi formalizada em julho. "O comitê terá representantes de todas as secretarias e unidades da instituição a fim de promover a igualdade de gênero e raça nas práticas administrativas da Casa", acrescenta.
Em uma primeira etapa, foi realizado um levantamento do perfil do corpo funcional do Senado, levando em conta a distribuição por faixa etária, escolaridade, cargos, funções, remuneração, formas de acesso e promoção, bem como informações referentes a processos de capacitação e qualificação, programas de saúde e segurança no trabalho, além de política de benefícios. Ainda de acordo com o site, "o diagnóstico desses dados servirá como base para a formulação de um Plano de Ação, pelo comitê, para possibilitar o enfrentamento de eventuais problemas de desigualdade na instituição".
"O mundo todo hoje tem essa preocupação pela equidade entre homens e mulheres, mas não adianta ter preocupação se você não sabe a situação. Então, na primeira fase buscaremos uma ideia de como o Senado funciona em termos de equidade de gênero e raça. Depois dessa respostas, vamos ver que ações precisamos implementar", explicou a senadora.
Por alto, a situação hoje no Senado prestigia mais as mulheres do que os homens nos quadros importantes da administração. São mulheres: a diretora-geral e sua vice, a secretária-geral e as diretoras do serviço médico, taquigrafia, biblioteca e Prodasen. Na área política, Marta é a segunda em importância, depois do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). E embora tenha apenas 10 senadoras, entre os 81 representantes da Casa, é a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) quem preside a terceira mais importante comissão temática, de Serviços de Infraestrutura.
No entender de Marta, dados como esses não querem dizer muita coisa. "É como dizer que tendo a Dilma (Rousseff) como presidente, estão solucionados todos os problemas das mulheres".