Jornal Estado de Minas

Dilma defende que países se esforcem para garantir renda a famílias em extrema pobreza

AgĂȘncia Brasil
Brasília - Diante da crise econômica mundial, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira que os países devem garantir renda às famílias mais pobres, assim como têm se esforçado para salvar os bancos.
No programa de rádio Café com a Presidenta, Dilma Rousseff falou sobre a proposta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de criar o Piso Mundial de Proteção Social para das famílias extremamente pobres – as mais afetadas pela crise. A ideia foi debatida durante a reunião do G20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo), na semana passada, na França.

“Se os países se dedicam a resgatar os seus bancos, podem muito bem oferecer renda para uma família em estado de pobreza extrema. E isso não é filantropia, é uma oportunidade para ela superar as dificuldades”, disse.

De acordo com a presidenta, a proposta da OIT teve inspiração no Programa Bolsa Família, uma das principais ações do governo brasileiro para a transferência de renda à população de baixa renda.

“No documento final da reunião do G20, os países reconheceram a importância de uma rede de proteção para as populações extremamente pobres do mundo. É claro que essa iniciativa tem que ser adaptada à realidade de cada país”, acrescentou.

A presidenta Dilma Rousseff garantiu que o Brasil sentirá menos os efeitos da crise, em comparação aos países ricos, por estar com a economia sólida e gerando empregos. Segundo ela, essas condições impedem que o Brasil vire alvo de especulações por outras nações.

“O que é diferente entre nós e os países ricos que estão em crise é que temos uma economia sólida, temos bancos sólidos, controlados e regulados. O Brasil não tem uma dívida elevada, pelo contrário, temos uma reserva de US$ 350 bilhões, o que é que impede que outros venham aqui especular conosco. E, por isso, sempre digo que os países emergentes têm melhores condições de enfrentar a crise”, destacou.

O que colaborou também para essa situação brasileira ante a crise foi a criação de cerca de 2 milhões de empregos com carteira assinada, destacou a presidenta.