Em solo brasileiro depois de participar da reunião do G20 na França, a presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu com ministros e líderes da base e reforçou o pedido para que os aliados votem pela aprovação da manutenção da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Depois do encontro, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que a base governista estará coesa na votação da matéria, que deve ocorrer hoje ou amanhã na Câmara dos Deputados. Em Belo Horizonte, participando de posse da diretoria da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no estado, o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), afirmou que o recém-criado PSD também votará com o governo.
A proposta do governo prorroga a validade da DRU – mecanismo que vence este ano e autoriza a União a usar livremente 20% dos tributos arrecadados – até dezembro de 2015. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, a presidente, com apoio de sua equipe econômica, reiterou na reunião de ontem que o "Brasil tem que continuar sob controle com as despesas e com os investimentos", por isso, a importância da rápida aprovação da DRU. O governo diz depender do mecanismo para manter investimentos e executar políticas sociais.
“É importante para o Brasil que a Câmara aprove a manutenção da DRU hoje ou amanhã, porque é a garantia da realização de projetos que estão ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), à área social e a programas importantes do governo federal”, disse Marco Maia em Belo Horizonte. Segundo Maia, em conversa ontem, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente do PSD, disse que o partido votará “quase 100%” com a presidente Dilma.
Maia e Kassab participaram ontem da posse do deputado federal Ademir Camilo – que trocou o PDT pelo PSD –na presidência da UGT em Minas. Criada em 2007, a central sindical, que tem Ricardo Patah (PSD) como presidente nacional, nasceu como alternativa à Força Sindical, nas mãos do PDT e à Central Única dos Trabalhadores, ligada aos petistas. Questionado sob o cortejo do PSD à central sindical, Kassab disse que as entidades sindicais não têm atuação partidária.
Assistindo ao controle de uma central sindical pelo PSD, Marco Maia negou que o PT esteja perdendo força entre as centrais sindicais, uma de suas principais bandeiras, mas admitiu uma “reacomodação de forças”. (Com agências)