Segundo o vereador Arnaldo Godoy (PT), o consenso foi que o PSB de Marcio Lacerda deve ser chamado a participar, já que o prefeito integra a base aliada de Dilma. Por enquanto, nenhum acordo foi fechado. “O PT já tem definição de discutir a chapa no ano que vem. O que foi decidido foi uma construção política que não exclui ninguém da base, um acerto para discutir problemas da cidade”, afirmou. Os partidos querem avaliar os avanços e identificar onde a gestão Lacerda possa estar estagnada.
Segundo o líder do PDT, vereador Bruno Miranda, as legendas discutirão os desafios para a cidade, mas sem fechar questão. Ele defende que a discussão eleitoral das chapas fique para o ano que vem. O pedetista negou qualquer constrangimento no encontro, tendo em vista que o prefeito Lacerda e seu vice, Roberto Carvalho, estão em pé de guerra. “Ele (Roberto Carvalho) é o vice-prefeito e temos um relacionamento profundamente respeitoso com ele”, disse. O fato de ser da base, segundo Miranda, não impede a discussão de gargalos.
Desagravo
Apesar de não fazer parte da pauta do encontro, a exoneração de 17 servidores do gabinete de Roberto Carvalho determinada pelo prefeito acabou gerando um ato de desagravo por parte dos parlamentares. “Todos disseram que foi um atentado à democracia e se mostraram estarrecidos com a medida, que é antidemocrática, de alguém que não sabe dialogar”, afirmou Carvalho.
A briga entre prefeito e vice se agravou com a intensificação das investidas de Carvalho na formação de uma candidatura com PMDB e PDT, enquanto Lacerda trabalha pela reedição da aliança entre PSB, PT e PSDB que o levou à prefeitura em 2008. Os desentendimentos, que já eram frequentes nos bastidores, vieram a público na semana passada com a exoneração dos funcionários do vice.