A gaúcha Rosa Weber contava com o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ex-marido de Dilma, o advogado trabalhista Carlos Araújo. Na nova função, deverá enfrentar julgamentos importantes, como o do mensalão. Nascida em Porto Alegre, a ministra é juíza do trabalho de carreira. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ela ingressou na magistratura em 1976, por concurso público, como juíza do trabalho substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região (TRT-RS).
Em 1981, foi promovida ao cargo de juíza presidente e em 1991 ao de juíza togada do TRT-RS. Também presidiu a corte de 2001 a 2003, após ter sido vice-corregedora e corregedora regional. Foi professora da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Convocada em maio de 2004 para atuar no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em fevereiro de 2006 tomou posse no cargo de ministra.
Cota feminina A presidente Dilma havia determinado que outra mulher iria suceder Ellen Gracie, a primeira a se tornar ministra do STF, e a única a ocupar a presidência da corte. Com sua saída, a ministra Cármen Lúcia era a única representante do sexo feminino no Supremo. As especulações nos últimos meses sobre quem substituiria a ministra no Supremo foram intensas, devido à competição entre uma série de magistradas com fortes padrinhos políticos. A ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha, por exemplo, tinha o apoio do ministro do STF Dias Toffoli, e de José Dirceu, réu no processo do mensalão.
Outra aspirante à vaga, Maria Thereza Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), chegou ao posto atual com a ajuda de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. Flávia Piovesan contava com o apoio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a desembargadora baiana Neuza Maria Alves da Silva tinha o apoio do governador Jaques Wagner (PT).