A detenção de um manifestante e os tiros de pistola elétrica não foram capazes de conter a volta dos estudantes ao Senado para protestar contra a aprovação do novo Código Florestal. Na manhã dessa quarta-feira, meia dúzia de universitários se reuniu perto do corredor onde os destaques ao texto que flexibilizam as regras para recuperação de Áreas de Proteção Ambiental (APPs) estavam sendo analisados e gritaram palavras de ordem como “não nos representa” e “Senado, vergonha nacional”. O principal alvo dos protestos era a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Pressionada, ela teve de deixar o Senado sob escolta.
Senadores criticaram o uso da pistola paralisante taser contra o universitário Rafael Pinheiro Rocha, que foi indiciado por desobediência e resistência. “Nada justifica a ação do policial que atirou contra o estudante”, condenou o presidente da Comissão de Agricultura, Eduardo Braga (PMDB-AM). As críticas aos estudantes partiram do senador Reditario Cassol (PP-RO), que foi seguido por manifestantes exaltados na terça-feira, que o chamavam de “corrupto” e “bandido”. “Não admito que um covarde, que não deve saber o que é um Código Florestal, me xingue.”