Para que a obra, que vai ligar o principal entroncamento viário da cidade, a Rótula do Abacaxi, ao aeroporto - trecho de 22 quilômetros -, seja feita, porém, será preciso que a iniciativa privada invista outros estimados R$ 1 bilhão. "Trata-se de fazer uma parceria federativa e republicana entre as três esferas do poder, federal, estadual e municipal, com a iniciativa privada, para garantir que a população tenha uma qualidade de vida melhor", afirma Dilma.
"Este PAC Mobilidade contempla grandes aglomerações populacionais que necessitam de grandes recursos financeiros para financiar o investimento", explica a presidente. "Não é possível pensar que um Estado ou um município possam fazer esses investimentos sozinhos". Salvador foi a quarta cidade brasileira na qual foi anunciado investimento semelhante - antes, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre já haviam sido beneficiados.
Segundo o governador Jaques Wagner, o planejamento prevê que o edital de licitação para o segundo trecho do metrô de Salvador seja lançado no fim do ano, mas não há garantias de que a obra seja concluída até a Copa do Mundo de 2014. "Esta é uma obra que vai ser um legado da Copa, mas não é um requisito para a Copa", afirma Wagner. "O mais importante é o estádio, que está em obras aceleradas, e a hotelaria, que depende de investimento privado". Pouco depois do anúncio, Dilma teve uma reunião com o presidente da Guiné, Alpha Condé, com quem participa amanhã, junto com outros chefes de Estado da América Latina e da África, do Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional de Afrodescendentes (Afro XXI), em Salvador.