Primeira vice-presidente do Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu hoje ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), que adote providências para punir o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por falta de decoro parlamentar. Marta disse que, em discurso no início da tarde, o deputado teria dito que a presidente Dilma Rousseff deveria "assumir logo se o seu negócio é amor com homossexual". Ele protestava contra a campanha do governo para combater a homofobia nas escolas.
Marta disse que a falta de decoro de Bolsonaro se deve não por ele dizer que a presidente Dilma possa ser homossexual, mas, sim por fazer insinuações a respeito da sexualidade da presidente da República, "quando a opção sexual de qualquer ser humano é uma questão de foro íntimo". Ela disse ainda que resolveu se manifestar sobre o fato por causa da "indignidade do pronunciamento e pelo absurdo".
Segundo ela, o deputado teria dito: "Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau".
No seu entender, a presidente tem se posicionado na luta pela conquista de direito dos homossexuais, "está indo muito além da conta". "Uma coisa é você se posicionar, se colocar, outra coisa é ir além do que é o respeito a qualquer cidadão e, principalmente, a uma mulher que hoje ocupa a Presidência da República", defendeu.