O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse nesta segunda-feira que a entidade mantém o apoio ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), mas defende que todas as denúncias que atingem o pedetista sejam apuradas. "Acredito na inocência do ministro Lupi", disse, durante a 13ª reunião plenária da Executiva Nacional da UGT, realizada hoje e amanhã na capital paulista.
"Ele tem o apoio da UGT, mas deixo claro que tudo deve ser apurado, e se comprovada irregularidade, ele deve ser punido como qualquer um", acrescentou o dirigente. Lupi havia confirmado presença no evento, mas, segundo Patah, cancelou sua participação devido a uma reunião marcada pela manhã, pouco antes do embarque previsto de Brasília para São Paulo.
Patah negou que Lupi viria ao encontro do sindicato para reunir apoio na sua campanha para permanecer à frente do Ministério do Trabalho. Apesar da negativa, disse que a UGT não vai abandonar o ministro enquanto não houver provas concretas das supostas irregularidades. "Não abandonamos ninguém", disse o líder sindical, ao reafirmar o apoio da UGT ao ministro do Trabalho.
Perguntado se Lupi ainda tem forças para seguir no cargo, após novas denúncias divulgadas no fim de semana e hoje na imprensa, Patah respondeu que, considerando casos de outros ministros do governo Dilma Rousseff que caíram após denúncias, a "tendência" é de que Lupi não resista até a reforma ministerial. "Pelo histórico dos últimos casos, a tendência é de que ele não chegue até a reforma ministerial", afirmou, reforçando que defende, antes de qualquer atitude, a apuração das denúncias.