Os vereadores de Belo Horizonte denunciados pelo Ministério Público por cobrança de propina para aprovar o projeto que autorizou a construção do Boulevard Shopping, na Região Leste da capital mineira, sofreram nessa terça-feira o primeiro revés na Justiça. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido da vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB) de trancamento da ação proposta contra ela, que está entre os acusados pelo MP de envolvimento nas supostas irregularidades. A defesa da vereadora pedia o trancamento até o julgamento do mérito do recurso que pede a exclusão do nome dela do processo, sob o argumento de que não haveria provas de sua participação no esquema.
Renúncia
Nessa terça-feira, outro escândalo recente movimentou a Câmara. Um burburinho sobre possível renúncia do vereador Gêra Ornelas (sem partido) ganhou força nos corredores do Legislativo municipal. O parlamentar, que deixou o PSB depois de divulgação de um vídeo em que aparece supostamente de cueca em seu gabinete, teria tomado a decisão para evitar a formação de uma comissão processante. O pedido para formação do grupo, que poderá acabar na cassação do vereador, foi protocolado na segunda pelo corregedor da Câmara, vereador Edinho do Açougue (PTdoB), que apontou indícios de “quebra de decoro parlamentar”. O vereador negou que vai renunciar antes das atuação da comissão. “Não vou influenciar os meus colegas. Vou deixar que decidam. Estou desanimado com o trabalho político na Câmara. Prefiro o trabalho social. Minha imagem foi manchada e, para mim, só resta esperar”, defendeu-se.