Ela condenou também a condição imposta por partidos da base de aprovação da DRU mediante a liberação de recursos para a educação e votação da emenda 29, que assegura recursos para a saúde. Para a presidente, é "muito complicado" misturar dois assuntos diferentes, todos importantes, como educação e saúde, com a DRU. "São temas relevantes que têm de ser debatidos. Mas, condicionar a aprovação da DRU a essas situações pode terminar prejudicando a votação da DRU e com gravíssimas consequências para o país, em um momento em que a economia mundial atravessa uma grande crise", teria comentado a presidente, conforme relatou o governador, em entrevista no Palácio do Planalto, após a audiência.
Déda prometeu conversar com parlamentares do seu Estado e do partido para que eles apressem a aprovação da DRU. "Vamos conversar", afirmou Déda, que reconhece a importância da prorrogação da medida como mais um instrumento para "resistir às possíveis consequências de uma crise que tem se manifestado intensa e tem se alargado a cada dia em especial na Europa".
Sobre as manifestações da oposição de que a aprovação da DRU seria dar um cheque em branco para o governo, Déda reagiu: "é preciso despolitizar o discurso. A oposição, quando era governo, recebeu vários cheques em branco desses sem exigir que ele fosse preenchido". Para Déda, a oposição "precisa apresentar alternativas e não ser irresponsável" em relação a um tema tão importante.