O núcleo sindical nacional tucano realizou hoje, em Recife, seu primeiro encontro, com a participação de representantes sindicais de 19 Estados. Nem todos ainda filiados ao partido. São Paulo e Minas Gerais são os Estados com maior estrutura. Dali sairão, no próximo ano, os sindicalistas tucanos candidatos a prefeito: dois em São Paulo, quatro em Minas.
Não há interesse em conquistar centrais sindicais, segundo eles. O que importa é conquistar filiados, é ter trabalhadores tucanos que conheçam e divulguem as ideias e projetos do PSDB. Para isso o Instituto Teotônio Vilela (ITV), do partido, irá realizar cursos preparatórios com pré-candidatos sindicalistas a vereador - e interessados - em todas as regiões do País. "Pesquisa nossa revelou que somente 40% dos trabalhadores creditam a estabilidade econômica ao PSDB", exemplificou Ramalho. "Outros 40% vinculam a estabilidade ao PT, a Lula, e outros 20% não sabem".
Melquíades observa que o PSDB foi formado de cima para baixo e não se preocupou em como chegar à massa. "A comunicação parou na elite, achando que o PSDB nasceu gigante e não precisa de ninguém", avaliou, ao se queixar que os trabalhadores não têm voz no partido. "Agora queremos espaço: ou eles abrem ou a gente empurra".
Para Melquíades, o partido só tem a ganhar com uma maior participação sindical e dos trabalhadores e manda um recado: "Quem não entender isso da cúpula do partido, tem que sair da sigla". Eles reconhecem o apoio e abertura do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra. "É o que desejamos, é fazer com que os trabalhadores estejam representados no partido", garante Guerra, que tem por objetivo "alterar, de várias maneiras, a estrutura do partido".