De acordo com o presidente interino, Lupi pediu a prorrogação da licença do cargo de comando da legenda porque deseja viajar com a família nos próximos dias. Figueiredo ressaltou que o partido tem total confiança em Lupi e deu como certa a volta dele à presidência do PDT em janeiro. "Ele é um nome que foi eleito e tem mandato até 2013", declarou.
O deputado Brizola Neto afirma que o partido espera ser chamado pela presidente ainda nesta semana para negociar. Segundo ele, caberá a Dilma definir o que espera do PDT. "A decisão é da presidente Dilma. Só podemos indicar nome para uma pasta ou outra se ela nos pedir. O partido reafirmou hoje que apoia, independentemente do que se colocar de espaço pra gente", disse. Diferente de Figueiredo, Brizola Neto afirmou que a volta de Lupi à presidência do partido ainda precisará ser debatida pelo partido na reunião do diretório nacional em janeiro.
Presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) voltou a fazer ataques à Comissão de Ética Pública, que recomendou à presidente Dilma a demissão de Lupi. Paulinho lembrou que a relatora do caso, Marília Muricy, foi secretária do governador petista Jaques Wagner (BA) e que o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, advogou para a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), onde o PDT é oposição. "É estranho que aliados possam fazer o que foi feito com o Lupi", criticou Paulinho.
Paulinho aproveitou ainda para rechaçar a tese da necessidade de acabar com a pasta do Trabalho na reforma ministerial levando os assuntos do setor de volta à área da Presidência. "Seria um desastre um governo que se diz dos trabalhadores fazer uma coisa dessa", argumentou. O presidente da Força Sindical não quis dizer se o PDT faria questão de continuar no Ministério do Trabalho, mas já desdenhou a área da Agricultura, cotada para ser entregue ao partido. "Não sabemos nada de mexer com terra", declarou.