Rio de Janeiro – O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, voltou a estimar que o projeto da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014 será votado pela Câmara dos Deputados antes do recesso legislativo de dezembro, ficando para o ano próximo a avaliação pelo Senado Federal. Rebelo esteve nesta terça-feira no Fórum Internacional de Futebol, na capital fluminense.
A Lei Geral da Copa resumirá os compromissos do Brasil com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para sediar a competição. Segundo o ministro, a lei vai orientar o governo e os organizadores sobre temas "delicados", dentre os quais estão a concessão da meia entrada ou a cobrança de preços populares, nos ingressos para idosos, pessoas com deficiência, estudantes, pessoas de baixa renda e índios; além da venda de cerveja dentro dos estádios, o que é proibido em alguns estados.
Para Rebelo, a renúncia de Havelange foi uma decisão de "ordem pessoal" de "uma personalidade do futebol". "Eu não preciso de aval da Fifa para falar sobre o Brasil. Digo que o Brasil está preparado porque tem tradição no futebol, tem grandes estádios e grandes competições. Não vejo nenhum evento esportivo que tenha maior grandeza que o Campeonato Brasileiro [de futebol]". Segundo o ministro, a saída de Havelange não afeta o andamento dos preparativos para a Copa do Mundo ou para as Olimpíadas.
Havelange deixa o cargo como suspeito de receber propina de uma empresa de marketing para garantir direitos de transmissão de eventos esportivos a essa empresa, na década de 1990.
Sobre as obras para a Copa, Rebelo informou que a expectativa é que a maioria das instalações fique pronta antes do prazo, porque "é de interesse das empreiteiras ter um retorno do investimento". O ministro acrescentou que, "se houver atraso, será uma coisa muito pequena". Em suas contas, o estádio mais adiantado para o Mundial é o Castelão, em Fortaleza, e o mais atrasado é o Beira-Rio, em Porto Alegre