Falcão ressaltou que a presidente Dilma Rousseff, ao iniciar o governo, prometeu conduzir uma gestão marcada pela conduta "límpida e transparente". De acordo com o dirigente petista, essa "conduta" vem se acentuando desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio da atuação da Controladoria-Geral da União (CGU), dos portais de transparência do governo e do reaparelhamento da Receita e da Polícia Federal. "Hoje os mecanismos de controle são ultrarrigorosos", disse.
Falcão lembrou que, nos casos de denúncias contra ministros, a presidente Dilma trabalha sempre com a presunção de inocência, mas ainda assim não deixa de agir nos casos extremos. "Uma vez comprovado o malfeito, ou a pessoa se afasta ou é afastada, como aconteceu com o ministro Lupi (Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho e Emprego), para que não se converta em desgaste político", comentou.
Ao ser questionado sobre o número de ministros que deixaram o governo por denúncias de irregularidades, Falcão não perdeu a oportunidade de alfinetar o governo do PSDB. "Sugiro que vocês computem quantos ministros passaram pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Acho que a nossa média está menor do que a dele", ironizou.
Ministério do Trabalho - O presidente do PT voltou a criticar o aparelhamento do Ministério do Trabalho e Emprego, até então sob o comando do pedetista Carlos Lupi. "Acho que o ministério tem de ter uma política de isenção em relação às centrais sindicais. Não deve ser nem aparelho da Força Sindical, como era antes, nem estou defendendo que seja da CUT também", afirmou.
De acordo com Falcão, o PT defende a adoção de "novas políticas" na pasta. "Claro que o PT tem sempre as condições para implantar essa política, mas (a ocupação do ministério) não é uma reivindicação nossa."