O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), saiu nesta quinta-feira em defesa do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. "Acho que, pela sua história de vida e pela sua conduta pública, o ministro Pimentel está acima de qualquer suspeita", afirmou Falcão, que participou nesta manhã na capital paulista de uma reunião da diretoria da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Para o presidente do PT, "não há nenhuma razão para o ministro sob suspeita". "Considero que as explicações que ele já deu são não só satisfatórias como irretorquíveis, são definitivas e muito claras", enfatizou. Embora tenha admitido que Pimentel ainda possa ser convocado para dar explicações no Congresso Nacional, Falcão acredita que não há motivos para submeter o ministro ao questionamento dos parlamentares. "Não vejo razões para maiores explicações", afirmou.
Falcão lembrou que, nos casos de denúncias contra ministros, a presidente Dilma trabalha sempre com a presunção de inocência, mas ainda assim não deixa de agir nos casos extremos. "Uma vez comprovado o malfeito, ou a pessoa se afasta ou é afastada, como aconteceu com o ministro Lupi (Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho e Emprego), para que não se converta em desgaste político", comentou.
Ao ser questionado sobre o número de ministros que deixaram o governo por denúncias de irregularidades, Falcão não perdeu a oportunidade de alfinetar o governo do PSDB. "Sugiro que vocês computem quantos ministros passaram pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Acho que a nossa média está menor do que a dele", ironizou.
Ministério do Trabalho - O presidente do PT voltou a criticar o aparelhamento do Ministério do Trabalho e Emprego, até então sob o comando do pedetista Carlos Lupi. "Acho que o ministério tem de ter uma política de isenção em relação às centrais sindicais. Não deve ser nem aparelho da Força Sindical, como era antes, nem estou defendendo que seja da CUT também", afirmou.
De acordo com Falcão, o PT defende a adoção de "novas políticas" na pasta. "Claro que o PT tem sempre as condições para implantar essa política, mas (a ocupação do ministério) não é uma reivindicação nossa."