Brasília - O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu nesta quinta-feira o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel – alvo de denúncias de tráfico de influência no governo. O Jornal O Globo trata Pimentel como suspeito de receber R$ 2 milhões como pagamento de serviços de consultoria para empresas de 2009 a 2010.
Nessa quarta, a oposição tentou convocar o ministro para dar explicações à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. O requerimento, no entanto, foi derrotado por 13 votos a 5. “Esse não é um assunto do governo, da fiscalização da Câmara. Não tinha cabimento a convocação”, defendeu Vaccarezza.
O líder disse que não há intenção em “blindar” os ministros. Para o governo, apenas, assim como ocorreu com o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci – também acusado de prestar consultoria a empresas pouco antes de assumir cargo no governo – a atividade é privada e não há irregularidades. “[Em] casos com essa similaridade, sou contra a convocação. O Palocci caiu porque a presidenta e ele entenderam que não havia condição política de continuar. No caso do Pimentel, não tem por que ele cair.”