O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, confirmou nesta terça-feira que o governo está disposto a aumentar a alíquota de contribuição dos servidores públicos dos atuais 7,5% para 8% nas negociações para aprovar o projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar da União. "A presidente se dispõe a passar essa contribuição, que estava definida em 7,5% e que agora poderá chegar a 8%", revelou o ministro, que participa em São Paulo de almoço promovido pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais.
Garibaldi afirmou que a proposta em tramitação no Congresso já foi discutida com as centrais sindicais e já passou por todas as comissões, precisando agora apenas da votação na Câmara. "A discussão já avançou muito", afirmou.
O ministro da Previdência negou que exista discussão no governo para fundir sua Pasta à do Ministério do Trabalho. "Acho que são dois ministérios grandes, onde não é fácil haver a fusão, mas é uma decisão da presidente. Acho que há ministérios mais fáceis de serem fundidos", opinou.
Sobre se aceitaria comandar as duas pastas, Garibaldi brincou: "Dizer que aguento o Ministério do Trabalho depois do que houve? Não é fácil, mas pode ser", afirmou, se referindo ao escândalo que culminou com a saída do ministro Carlos Lupi. Garibaldi ainda brincou com a comparação de que o Ministério da Previdência seria um "abacaxi", segundo declarações atribuídas a ele quando assumiu a Pasta. "Eu nunca disse que é um abacaxi. Meus amigos disseram que era um abacaxi. Hoje eu digo que não é nenhum abacaxi. É melhor. Pense numa frutinha melhor que o abacaxi", disse.